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Sábado, 24 de Janeiro de 2009

O amor de Pedro e Inês


         Na disciplina de História e Geografia para a Infância, o professor do Módulo de História, pediu-nos para que escrevessemos uma história para crianças, baseada numa lenda ou na História de Portugal. Eu e a Lita escolhemos a História de D. Pedro e Inês de Castro. O professor disse que ia fazer um concurso para escolher a melhor história de entre todas, que cada grupo tinha feito. E a nossa foi a vencedora! Ganhamos um livro do professor, autografado e tudo por ele. Fica aqui a história e algumas ilustrações da autoria da Lita.

 

 

*****************************




            Era uma vez, há muito tempo atrás, muito antes dos nossos avós terem nascido, uma linda e formosa aia castelhana  chamada Inês de Castro, que veio para o nosso país para servir a princesa D. Constança, esposa de D. Pedro.

Inês vivia uma vida de princesa no castelo juntamente com a sua Senhora e o príncipe D. Pedro.

O príncipe depressa reparou na beleza da formosa castelhana e não demorou a conquistá-la. Eram muitos os encontros que aconteciam nos jardins do castelo, mas claro que D. Constança não sabia de nada.

            Quando esta descobriu, passou os dias e as noites a chorar, acabando por se afogar na sua própria mágoa, morreu de desgosto e tristeza por não ter só para si o amor do seu querido príncipe.

Agora já nada impedia o amor de Pedro e Inês, porém, o pai de D. Pedro, D. Afonso IV, não gostava da relação que o seu filho mantinha com a aia castelhana, pensava que tal relação ia trazer complicações ao reino de Portugal, como tal, obrigou Inês a fugir do país.

Inês fugiu para uma região fronteiriça entre Espanha e Portugal, onde uma velhota lhe deu abrigo. Mas a distância entre os amantes não terminou com o seu amor, D. Pedro ia visitá-la todos os dias, davam longos passeios pelos campos, e toda a gente que os encontrava ficava maravilhada com tal amor e carinho que os dois transmitiam.

D. Afonso, não era apenas atormentado pelo amor proibido do filho e pelo facto de muitos dos seus fiéis nobres serem contra este amor, existia algo que o começou a torturar todas as noites.Dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong… As doze badaladas anunciavam a meia noite… D. Afonso acordou assustado do seu sono profundo, e dirigiu-se para o salão de bailes, onde uma janela tinha sido aberta com violência pelo vento. A grande custo fechou a janela, e quando finalmente a conseguiu fechar, virou-se e qual não é o seu espanto quando vê a falecida D. Constança sentada na poltrona, em frente à lareira. Ficou branco como a cal da parede, tinha um fantasma diante dos seus olhos!

- Não se assuste meu querido sogro. Eu não lhe faço mal – disse D. Constança – Só preciso que me faça um favor…

- Diz. Mas por favor não me faças mal! – disse D. Afonso a tremer.

- Julgava-o mais corajoso, ó “Bravo”. Sabeis que o vosso filho continua a encontrar-se com aquela mulher? Até já tiveram um filho, Afonso de seu nome, mas acabou por falecer.

- Não sabia de tal informação. Mas que posso eu fazer? Já a expulsei do país.

- Acabe com a vida insignificante dela. Se o Pedro não foi feliz comigo também não o deve ser com aquela mulher.

- Farei o que puder. – respondeu D. Afonso já cheio de medo desta terrível assombração.

A janela voltou a abrir com tamanha violência, que o jarrão que tinha flores perto da janela acabou por cair e partir-se em mil pedaços. D. Afonso ficou cheio de medo, e fugiu para o seu quarto escondendo-se debaixo dos cobertores a tremer, como uma criança pequena.

Vivendo o seu amor, D. Pedro e a sua querida amada tomaram a decisão de ir viver para Coimbra, para Santa Clara, perto do rio Mondego, aí ninguém os podia separar.

Do seu amor nasceram dois meninos, João e Dinis, e uma menina, Beatriz (como a sua avó paterna), cresceram fortes e saudáveis, porque para além de todos os dias comerem a sopa toda, estavam rodeados de carinho e ternura dos pais.

D. Afonso vivia atormentado por aquela visão fantasmagórica, e um dia, soube que D. Pedro ia para uma caçada e dirigiu-se a Santa Clara com os seus mais fiéis nobres. No dia 7 de Janeiro, ao cair da noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do rei e dos nobres, e ai aconteceu o mais medonho de todos os pesadelos de D. Pedro, nunca mais viria a sua linda e formosa Inês.

D. Pedro, enfurecido com o que aconteceu à sua amada, mandou prender os malfeitores e condená-los a passar o resto das suas miseráveis vidas na prisão, onde nunca podiam ver a luz do Sol e onde habitam também ratos e ratinhos.

D. Pedro ficou assim conhecido como o “Justiceiro” por ser sempre justo: castigando os maus e dando prémios aos bons.

Devido ao enorme amor que sentia pela aquela mulher, que foi o seu grande e único amor, mandou construir um majestoso túmulo para ela no Mosteiro de Alcobaça. Como nunca mais se queria separar dela, mandou construir outro túmulo para si, que seria colocado no mesmo local.

Os filhos de D. Pedro e Inês de Castro, apesar da falta da mãe, cresceram felizes com o pai e com a avó Beatriz, mulher de D. Afonso IV, no castelo.

Quando as crianças cresceram puderam casar com quem queriam, pois o seu pai não se opôs a nenhum casamento, como o havia feito o seu avô e que tamanha desgraça e tristeza causou.



FIM




 

 

publicado por lú às 23:53
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Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2009

citação

“Ensinar a escrever antes de permitir que a criança experimente desenhar e pintar, é tão absurdo como pretender ensinar uma criança a ler antes que ela saiba falar”

(SANTOS, 1983).

 

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publicado por Lita às 20:35
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