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Segunda-feira, 16 de Junho de 2008

Rebola cabaçinha...


Era uma vez uma velhinha. Bem coitadita, não tinha mais ninguém, vivia sozinha
no meio de uma floresta.
Mas noutros tempos tinha tido uma filha. A filha entretanto cresceu, fez-se mulher,
fez-se uma senhora e foi pra lisboa. Lá, arranjou um rapaz para namorar e tratou do casamento.
E a velhinha sempre lá a viver na floresta. Um belo dia chega-lhe a filha à porta – um
grande automóvel, tudo muito preparado – para convidar a mãe pò casamento.
E diz-lhe a mãe: _ Ó filha! Como é que tu queres que eu vá pò casamento, se eu vivo
aqui no meio de uma floresta destas?! Então os lobos comem-me no caminho!
Filha: não comem! Ó mãe não tenhas medo que os lobos não te comem! Vá!
Bem, assim foi. A velhota lá foi. Chega assim a um serrozinho aparece um lobo com
os dentes arreganhados!
Lobo: Ai, velha! Que eu agora como-te!
A velha, esperta, as velhas são todas espertas! E diz-lhe pra ele:
Velha:  Olha! Olha lobo vamos fazer aqui um contrato: não me comas! Que eu agora vou ao
casamento da minha filha – como lá muita carne e muito bolo e venho de lá mais gorda!
Então depois tu comes-me.
Lobo: está bem! O lobo muito guloso…
Lá vai a velhinha. Ora, um grande casamento: comeu, bebeu, comeu, bebeu… Passa
três dias naquela vida… A velha já não parecia a mesma! Nisto aproxima-se a hora de ela se ir
embora e começa a chorar!
Diz-lhe a filha: Ó mãe! Tu estás a chorar de quê?

Velhinha: Ora filha… Então eu combinei com o lobo, quando vinha pra cá, que vinha ao teu
casamento e agora à volta pra lá é que ele me comia que eu estava mais gorda! E agora ele está
lá.
Filha: Olha, não tenhas medo! Não há problema. Toma lá esta cabaça. Quando fores lá quase a
chegar, meteste dentro da cabaça.
Quando ia lá a chegar ao serrozinho lá estava o lobo.
A velhota: Bem, é aqui que o lobo deve de estar.
Lá se enrolou toda dentro da cabacinha,
quietinha dentro da cabacinha, e lá vai a  cabacinha a rebolar.
Pára-a o lobo! Diz o lobo: _ Ó cabacinha! Tu não viste p’aí uma velhinha?!
Velhinha: Eu não vi cá nem velhinha, nem velhão! Rebola cabacinha, rebola cabação!
Leva-me à minha casinha, leva-me ao meu casão!
Assim o enganou!

 

 

 

 

A minha avó contava-me esta história quando era pequeninha. É uma história tradicional, da região de Mora, Alentejo.

publicado por lú às 17:29
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