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Domingo, 24 de Janeiro de 2010

Era uma vez...

A minha história começa como todas as histórias, com “Era uma vez” um pequeno ser, que estava no local mais acolhedor do mundo, onde tinha tudo o que queria para ser feliz, tinha amor, carinho, compreensão, comida.

Ele sempre se interrogara como fora ali parar, mas também não lhe importava muito, porque já tinha ouvido alguém dizer que tinha sido fruto de amor, e que estavam todos contentes por ele estar ali.

Ele adorava aquele espaço, era a sua casa, e adorava descobrir as partes que constituíam o seu pequeno corpo, gostava especialmente de uma parte que se chamava “mão”, porque era muito engraçado mexer com essa tal mão no nariz. O pequeno ser adorava música, especialmente música clássica, e adorava dançar, o que ele achava que desagradava a alguém, pois quando ele se mexia de mais ouvi-a a reclamar. Mas também adorava mexer-se demais pois sabia que quando isso acontecia, podia sentir algo a tocar na sua casa, e não sabia bem porquê mas gostava desse toque e daquela voz grave.

Mas houve um dia em que o pequeno ser não sabia o que se estava a passar, começou a sentir-se muito agitado… E de repente, sem saber muito bem como, estava ao colo de uma senhora muito bonita e com um doce sorriso, ele achava que a conhecia, de algum lado. Passado um momentos ouviu aquela voz grave que tanto gostava, e sentiu o toque que sentira há uns tempos atrás.

O pequeno ser não era mais apenas um pequeno ser, era uma criança.

- Olá Pedro – disse a senhora simpática – sou a tua mãe.

 

 

 

 

 

 

 (texto da minha autoria, escrito para Expressão Dramática tendo com objectos para inspiração uma concha e um lenço bege)

 

publicado por lú às 22:08
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Domingo, 5 de Julho de 2009

A União das Cores

Era uma vez, num pais distantes, três animais, muito diferentes, mas muito amigos. Ajudavam-se uns aos outros e não conseguiam viver separados.

Um deles era a Baleia, que era grande e azul, viva no fundo do oceano, mas todos os dias se encontrava com as suas amigas, a Pata, que era muito amarela, parecia o Sol, e que vivia numa ilha, a Baleia contava-lhe sempre todas as novidades. A outra amiga era a Tartaruga, verde como a relva, era muito sábia.

Certo dia a Baleia, sempre pontual, chega ao local onde se costume encontrar sempre com as suas amigas, mas não ia com boa cara. Nisto chega a Pata:

- Então amiga Baleia, que cara é essa? Que se passa?

-Olha encontrei esta caixa no fundo do mar e não conheço as coisas que estão lá dentro, espreita, pode ser que me possas explicar o que é.

A Pata também fica muito baralhada, também não sabia o que era, mas disse:

-Não sei o que é, mas olha pode ser que a nossa sábia amiga conheça e nos diga o que é, ela não deve demorar a chegar.

As duas amigas ficaram à espera da Tartaruga, que como lia muitos livro, de certeza que iria saber o que a baleia tinha encontrado no fundo do seu oceano.

Passado pouco tempo chega a Tartaruga:

- Olá amigas, que se passa?

-Olha o que a Baleia encontrou…não sabemos o que é, mas de certeza que tu sabes, espreita.

A Tartaruga espreitou:

-Claro que sei são três lápis de cor (resposta que pode ser dada pelas crianças)

-E o que podemos fazer só com estas três cores? – Pergunta a baleia

- Um desenho responde rapidamente a Pata!

E assim foi, a Tartaruga tratou de arranjar uma folha de papel, depois a Baleia pegou na sua cor favorita, o azul (podemos questionar as crianças) e pintou um lindo lago. De seguida a Pata pegou no amarelo e pintou um lindo e apenas com três cores se fez um belo desenho!

 

 

 

 

 

 

 


publicado por lú às 23:49
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Sexta-feira, 5 de Junho de 2009

"O Sono e o Sonho" de José Jorge Letria

 
O Sono e o Sonho
 
 
 
            A noite tem dois filhos: um chamado Sono e outro chamado Sonho. Gosta, quando o tempo está frio, de os agasalhar debaixo do manto de veludo negro que, umas vezes enfeita com estrelas brilhantes e, outras, com nuvens carrancudas.
 
     O Sono e o Sonho, como todos os irmãos, têm as suas brigas e aborrecimentos. E porquê? Ora, por tantas razões! Mas a principal é esta: é que o Sono gosta de dormir a bom dormir e o Sonho tem o hábito de aparecer pelo meio a meter-lhe fantasias na cabeça.
 
     Quando isso acontece, a mãe, que gosta que a tratem apenas por Noite, sem dona nem senhora atrás do nome, aparece, faz uma festa na cabeça de cada um, dá razão aos dois e depois aconselha:
 
     - Agora vamos dormir, porque amanhã é dia de trabalho.
 
     De quem os dois irmãos não gostam nada é de um primo que têm chamado Pesadelo, porque é feio, irritante e tem o costume de contar histórias de arrepiar que deixam os dois muito trémulos debaixo do manto da Noite.
 
    Um dia destes, o Sono e o Sonho decidiram fazer uma partida ao primo Pesadelo. Sabem como? Fingiram que estavam a dormir muito descansados e deixaram-no aproximar-se. Quando ele se preparava para lhes contar uma daquelas histórias de pôr os cabelos em pé, saltaram os dois da cama com lençóis brancos na cabeça, mascarados de fantasmas e pregaram um tremendo susto ao primo mal encarado que passou muitos meses sem aparecer.
 
     Nesse dia, a Noite cobriu-se com o seu manto de estrelas brilhantes e dormiu até de manhã com os dois filhos enroscados e felizes a seu lado.
 
 
 
 
José Jorge Letria – Histórias do Sono e do Sonho
 

 

publicado por lú às 20:10
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Domingo, 22 de Março de 2009

História

 

 

Era uma vez uma manada de elefantes.

Elefantes novos, elefantes velhos, elefantes altos ou magros ou gordos.
Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes mas todos felizes e todos da mesma cor. Todos quer dizer, menos o Elmer.
O Elmer era diferente.
O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo
e cor de laranja
e cor-de-rosa
e roxo
e azul
e verde
e preto
e branco.
O Elmer não era cor de elefante,

 

mas depois descobriu que a beleza está na diferença.

 

 

 

David McKee,in Elmer, Caminho, Lisboa, 2003.
publicado por Lita às 10:25
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Sábado, 24 de Janeiro de 2009

O amor de Pedro e Inês


         Na disciplina de História e Geografia para a Infância, o professor do Módulo de História, pediu-nos para que escrevessemos uma história para crianças, baseada numa lenda ou na História de Portugal. Eu e a Lita escolhemos a História de D. Pedro e Inês de Castro. O professor disse que ia fazer um concurso para escolher a melhor história de entre todas, que cada grupo tinha feito. E a nossa foi a vencedora! Ganhamos um livro do professor, autografado e tudo por ele. Fica aqui a história e algumas ilustrações da autoria da Lita.

 

 

*****************************




            Era uma vez, há muito tempo atrás, muito antes dos nossos avós terem nascido, uma linda e formosa aia castelhana  chamada Inês de Castro, que veio para o nosso país para servir a princesa D. Constança, esposa de D. Pedro.

Inês vivia uma vida de princesa no castelo juntamente com a sua Senhora e o príncipe D. Pedro.

O príncipe depressa reparou na beleza da formosa castelhana e não demorou a conquistá-la. Eram muitos os encontros que aconteciam nos jardins do castelo, mas claro que D. Constança não sabia de nada.

            Quando esta descobriu, passou os dias e as noites a chorar, acabando por se afogar na sua própria mágoa, morreu de desgosto e tristeza por não ter só para si o amor do seu querido príncipe.

Agora já nada impedia o amor de Pedro e Inês, porém, o pai de D. Pedro, D. Afonso IV, não gostava da relação que o seu filho mantinha com a aia castelhana, pensava que tal relação ia trazer complicações ao reino de Portugal, como tal, obrigou Inês a fugir do país.

Inês fugiu para uma região fronteiriça entre Espanha e Portugal, onde uma velhota lhe deu abrigo. Mas a distância entre os amantes não terminou com o seu amor, D. Pedro ia visitá-la todos os dias, davam longos passeios pelos campos, e toda a gente que os encontrava ficava maravilhada com tal amor e carinho que os dois transmitiam.

D. Afonso, não era apenas atormentado pelo amor proibido do filho e pelo facto de muitos dos seus fiéis nobres serem contra este amor, existia algo que o começou a torturar todas as noites.Dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong, dong… As doze badaladas anunciavam a meia noite… D. Afonso acordou assustado do seu sono profundo, e dirigiu-se para o salão de bailes, onde uma janela tinha sido aberta com violência pelo vento. A grande custo fechou a janela, e quando finalmente a conseguiu fechar, virou-se e qual não é o seu espanto quando vê a falecida D. Constança sentada na poltrona, em frente à lareira. Ficou branco como a cal da parede, tinha um fantasma diante dos seus olhos!

- Não se assuste meu querido sogro. Eu não lhe faço mal – disse D. Constança – Só preciso que me faça um favor…

- Diz. Mas por favor não me faças mal! – disse D. Afonso a tremer.

- Julgava-o mais corajoso, ó “Bravo”. Sabeis que o vosso filho continua a encontrar-se com aquela mulher? Até já tiveram um filho, Afonso de seu nome, mas acabou por falecer.

- Não sabia de tal informação. Mas que posso eu fazer? Já a expulsei do país.

- Acabe com a vida insignificante dela. Se o Pedro não foi feliz comigo também não o deve ser com aquela mulher.

- Farei o que puder. – respondeu D. Afonso já cheio de medo desta terrível assombração.

A janela voltou a abrir com tamanha violência, que o jarrão que tinha flores perto da janela acabou por cair e partir-se em mil pedaços. D. Afonso ficou cheio de medo, e fugiu para o seu quarto escondendo-se debaixo dos cobertores a tremer, como uma criança pequena.

Vivendo o seu amor, D. Pedro e a sua querida amada tomaram a decisão de ir viver para Coimbra, para Santa Clara, perto do rio Mondego, aí ninguém os podia separar.

Do seu amor nasceram dois meninos, João e Dinis, e uma menina, Beatriz (como a sua avó paterna), cresceram fortes e saudáveis, porque para além de todos os dias comerem a sopa toda, estavam rodeados de carinho e ternura dos pais.

D. Afonso vivia atormentado por aquela visão fantasmagórica, e um dia, soube que D. Pedro ia para uma caçada e dirigiu-se a Santa Clara com os seus mais fiéis nobres. No dia 7 de Janeiro, ao cair da noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do rei e dos nobres, e ai aconteceu o mais medonho de todos os pesadelos de D. Pedro, nunca mais viria a sua linda e formosa Inês.

D. Pedro, enfurecido com o que aconteceu à sua amada, mandou prender os malfeitores e condená-los a passar o resto das suas miseráveis vidas na prisão, onde nunca podiam ver a luz do Sol e onde habitam também ratos e ratinhos.

D. Pedro ficou assim conhecido como o “Justiceiro” por ser sempre justo: castigando os maus e dando prémios aos bons.

Devido ao enorme amor que sentia pela aquela mulher, que foi o seu grande e único amor, mandou construir um majestoso túmulo para ela no Mosteiro de Alcobaça. Como nunca mais se queria separar dela, mandou construir outro túmulo para si, que seria colocado no mesmo local.

Os filhos de D. Pedro e Inês de Castro, apesar da falta da mãe, cresceram felizes com o pai e com a avó Beatriz, mulher de D. Afonso IV, no castelo.

Quando as crianças cresceram puderam casar com quem queriam, pois o seu pai não se opôs a nenhum casamento, como o havia feito o seu avô e que tamanha desgraça e tristeza causou.



FIM




 

 

publicado por lú às 23:53
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Sexta-feira, 14 de Novembro de 2008

Os Três Pinguins e o Leão-Marinho

 

E

ra uma vez três lindos pinguins que viviam com a sua  mãe num iglo no Pólo Norte. A certa altura, a mãe disse-lhes:

            - Vocês já não são nenhumas crianças, têm de partir para conhecer o mundo e construírem o vosso próprio iglo.

            Os três pinguins fizeram as malas e partiram. A meio do caminho, esqueceram o propósito porque partiram da casa de sua mãe, e começaram a brincar. Apenas o pinguim mais velho estava empenhado na construção da sua nova casa.

            - Está a anoitecer, temos de fazer a nossa casa. – disse o pinguim do meio.

            - Está bem. – respondeu o pinguim mais novo – mas vamos ser rápidos para depois brincarmos mais.

            O pinguim mais novo, como era o mais preguiçoso, decidiu fazer o seu iglo de neve, e foi brincar, porque brincar era muito mais divertido do que fazer iglos. O pinguim do meio, fez um belo iglo de gelo, mas gelo muito fino, que oscilava com o vento, e juntou-se ao seu irmão mais novo na brincadeira.

            Enquanto os seus irmãos se divertiam, o pinguim mais velho estava entusiasmado na construção do seu iglo, composto por muitos cubos de gelo, bem fortes, retirados da lagoa mais gelada do Pólo Norte.

            A noite caiu, e cada porquinho foi para a sua casa. Na manhã seguinte, os três pinguins decidiram ir brincar, quando, de repente, aparece um Leão-Marinho:

            - Estou cheio de fome, vou-vos apanhar, para me deliciar com um belo banquete! AHAHAHAH…

            Sem demora, os três pinguins fugiram, cada um para a sua casa.

O Leão-Marinho foi atrás do mais novo dos pinguins. Chegou perto da casa deste e gritou:

- Deixa-me entrar! Senão irei soprar e está neve irá pelo ar!!!

- Sopra, sopra, quero ver se és Leão-Marinho para isso! – respondeu o pinguim tranquilo, sentado à lareira a ler um livro.

O Leão-Marinho soprou, soprou e a neve espalhou-se por todo o lado, restando apenas as mobílias e o pinguim. Este cheio de medo, foge para casa do irmão do meio.

Ao ver a aflição do irmão mais novo, o pinguim deixou-o logo entrar e disse:

- Podes ficar a minha casa, é muito mais resistente que a tua. O Leão-Marinho nunca a irá derrubar.

Nisto aparece o Leão-Marinho:

- Vou soprar, soprar e a tua casa vai pelo ar, e eu vou ter o que jantar!

E assim foi, o Leão-Marinho soprou e a casa ficou toda destruída. Os dois pinguins, muito assustados, correram, correram até chegar à casa do irmão mais velho.

O irmão mais velho protegeu os mais novos, e o Leão-Marinho voltou a aparecer, ainda mais faminto:

- Vou soprar, soprar e a vossa casa vai pelo ar e eu vou-vos papar!

O Leão-Marinho soprou, soprou e nada, o iglo nem se mexia. Cheio de raiva, trepou pelo iglo para entrar pela chaminé, mas os pinguins, muito mais espertos, fizeram uma fogueira, e quando o Leão-Marinho estava a descer, queimou o rabo e fugiu. Nunca mais foi visto por aqueles lados.

Os três pinguins viveram felizes para sempre.

 

 

FIM

 

publicado por lú às 22:46
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Terça-feira, 4 de Novembro de 2008

A Branca de Neve e os 7 Anões

  • História contada do ponto de vista da Branca de Neve

 

Era uma vez uma rainha muito má e egoísta, que não emprestava as suas roupas e sapatos de alta-costura à sua enteada, Branca de Neve.

            Numa noite de baile a rainha, que queria usar os seus melhores sapatos, uns Dior, e não os encontrava, então perguntou ao espelho:

            - Espelho, espelho meu, os meus sapatos Dior, quem os escondeu?

            - Não escondeu, mas levou, a tua enteada os usou! – Respondeu o espelho.

            Branca de Neve, ao escutar a conversa atrás da porta, decide fugir do Castelo. Correu para os seus aposentos, seleccionou os seus melhores vestidos e sapatos e guardando-os na sua mala rosa choque, iniciou o plano de fuga. Quase a sair do castelo, lembrou-se que sabia o código do cofre real, então correu até lá e conseguiu levar umas quantas jóias para as suas necessidades básicas.

            Ao deambular pela floresta, cansada de puxar a sua caríssima mala rosa choque, encontrou uma casinha muito simples e modesta, muito abaixo do nível a que estava habituada. Mas entrou…

            - QUE HORROR! Esta casa está uma lástima, que decoração mais enfadonha, e tudo sete vezes repetido!? Que falta de nível, mas tenho mesmo de repousar e pôr o meu creme de algas. – E assim fez Branca de Neve.

            Ao pôr-do-sol eis que chegam sete criaturinhas todas vestidas de igual e com uma picareta na mão.

            Branca de Neve ao ouvir o barulho dos anões, que interrompeu o seu sono delicado, decidiu ir ver o que era, então desceu as escadas. Quando chegou perto da porta, esta abriu-se, e deu de caras com os anões que exclamaram e coro:

            - OH NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! Sherk voltou a evadir a nossa casa!

            - Eu não sou esse monstro verde, fora de moda, sou a bela e chique Branca de Neve! E vocês quem são?! – Questionou

            - Somos os sete anões, donos desta casa, que trabalhamos durante o dia na mina dos diamantes no alto da montanha encantada. – Responderam em coro.

            A palavra diamantes fez brilhar os olhos de Branca de Neve e um sorriso de orelha a orelha fez estalar a pasta de algas verde. Vendo o seu belo rosto, os anões ficaram encantados e decidiram acolhe-la na sua casa. Branca de Neve pensou logo numa forma de enriquecer à custa do trabalho dos mineiros. Com muito esforço, limpou toda a casa e ainda fez o jantar dos anões, enquanto eles assistiam ao derby Benfica - Sporting na SportTV.

            Durante o jantar o anão chefe pergunta:

            - Branca de Neve, foste tão generosa connosco, como podemos retribuir tal generosidade?

            Branca de Neve aproveitando a deixa:

            - Não é necessário nada…mas…bem…ah…podiam trazer alguns diamantes da mina…

            Os anões ficaram em silêncio e surpreendidos com o pedido, fizeram logo uma reunião de emergência.

            - Podemos dar-te três diamantes – concluíram os anões.

            Branca de Neve fingiu estar feliz, mas no fundo ardia de ódio, queria mais diamantes, queria o poder para ela. Então, ao fazer de conta que acarinhava a Soneca, pegou nele e ameaçou-o com um garfo:

            - Ou me dão mais diamantes, ou transformo este anão numa rede para o cabelo.

            - Vamos já buscar os diamantes, amanhã de manhã aqui os terás. - Disseram os anões cheios de medo.

            Branca de Neve ficou em casa barricada com o Soneca, pois ele era a única forma de garantir que eles iriam trazer os diamantes.

            Antes de voltarem para casa, os anões passaram pelo castelo, e contaram à rainha o que o que se passava, percebendo perfeitamente o problema dos anões a rainha decidiu ajudar:

            - Branca de Neve sempre quis ter tudo, coisas de marca e quanto mais caro, melhor, por vezes era só por capricho e para fazer inveja às amigas, mas vamos acabar com o problema de vez!

            A rainha deu aos anões uma maçã envenenada, que estes colocaram junto dos diamantes em cima da mesa da sala. De manhã Branca de Neve desceu as escadas, mal os anões saíram para a mina, com Soneca debaixo de um braço e no outro braço a mala rosa choque, deixou o Soneca a dormir no sofá e meteu os diamantes na sua mala. Ainda antes de sair reparou na maçã e decidiu levar para se lhe desse a fome no caminho.

            Já no meio da floresta apareceu a fome, a maçã era o único alimento à disposição, à primeira trinca, PIMBA, caiu redonda no chão!

            Passados uns dias um estilista famoso, andava por ali a fazer uma sessão fotográfica e viu aquela bela moça caída no chão! Pegou-a nos braços e deu-lhe um suave beijo nos lábios. Branca de Neve abriu os olhos e nem queria acreditar, no que via…era o seu estilista favorito!

            Branca de Neve contou-lhe a sua história e o seu sonho de ser famosa. Vendo a beldade de Branca de Neve e espreitando para a sua mala, onde brilhavam os seus diamantes, o estilista não pensou duas vezes, casaram e foram ricos, famosos e felizes para sempre…enquanto duraram os diamantes! 

           

           

FIM

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por lú às 17:32
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Sábado, 21 de Junho de 2008

O Gato das Botas

 

Havia há muito tempo, em um país distante, um moleiro chamado Augusto, que tinha três filhos, o primeiro se chamava Daniel, o segundo Tiago e o terceiro Constantino. O moleiro possuía três bens: um moinho, um asno e um gato. Um dia ele sentiu que a morte se aproximava, já que estava muito velho e doente, e resolveu fazer um testamento, por meio do qual deixou a Daniel, o filho mais velho, o moinho; para Tiago, ele deixou o asno, e para o mais novo, Constantino, restou apenas deixar como herança o gato.

 

 
Desesperado com sua sorte, Constantino disse: ”Só me resta matar e devorar esse gato inútil, fazer alguma roupa com seu couro, e depois ir procurar algum modo de me sustentar”.
 
O gato, é claro, ficou bastante preocupado com essa conversa, e disse: “Meu amo, não me mate, a carne de gato não é boa para humanos comerem, e, além disso, eu sou muito mais útil vivo – basta me dar um saco e mandar fazer para mim um par de botas para que eu possa caminhar livremente no mato sem medo de me ferir, e daí verá que com minha ajuda acabará rico”.
 

Constantino se lembrou então que já vira o gato apanhar ratos e camundongos com auxílio de muita esperteza e malandragem, e resolveu que não custava nada experimentar. Ele não ganharia praticamente coisa nenhuma com a morte do gato, e as botas sairiam quase de graça.
 

 

Quando recebeu o que havia pedido, o gato calçou com orgulho suas botas novas. Depois, meteu um monte de farelo e uma porção de alfaces no saco e o pendurou nas costas. Foi então para um bosque onde sabia que havia muitos coelhos. Quando chegou, se deitou no chão se fingindo de morto, e ficou esperando que algum coelho entrasse no saco atraído pelo farelo e alfaces.
Logo após ter se deitado, um jovem coelho entrou no saco, e o gato puxou os cordões para prendê-lo, o agarrou e matou imediatamente.

 

Orgulhoso de sua proeza foi até o castelo do rei e pediu para falar com ele. O rei o recebeu, e o gato, após fazer uma profunda reverência, disse:
“Trago um coelho da floresta que o senhor Marquês de Carabá (foi o primeiro nome que lhe veio à cabeça) me encarregou de vos oferecer como presente”
“Agradeço o presente que seu amo me oferece, e diga-lhe que fico muito grato”, disse o rei.


No dia seguinte, o gato foi de novo para o mato, e repetiu tudo de novo, se fingindo de morto com o saco aberto e cheio de trigo e alface. Só que desta vez foram duas perdizes que se enfiaram dentro do saco. O gato as matou, e levou para o rei, falando novamente em nome do Marquês de Carabá.

Isso durou uns três meses, nos quais, quase diariamente, o gato levava caças ao rei em nome de seu amo. Até que um dia o gato ficou sabendo que o rei pretendia na manhã seguinte sair a passeio, com sua linda filha, pela margem do rio. O gato disse então a seu amo “Se quiser se dar bem siga agora o meu conselho, e sua fortuna está feita; tudo que precisa fazer é ir tomar banho no rio no lugar que eu lhe mostrarei. Relaxe e deixe que eu tome conta de todo o resto”.


O Marquês de Carabá fez tudo que o gato o aconselhava, mesmo não fazendo a menor idéia do que ia acontecer. Enquanto se banhava no rio, o rei passou por ali, e o gato, que estava preparado para esse momento, começou a gritar com toda a força que podia: “Socorro! Socorro! Meu senhor, o Marquês de Carabá, está se afogando!”
Gritou tão alto que acabou chamando a atenção do rei, que pôs a cabeça para fora da carruagem e reconheceu o gato que tantas vezes lhe levara caça como presente em nome do Marquês de Carabá.


O rei então ordenou a seus guardas que fossem ajudar, e rapidamente o pobre Marquês de Carabá foi salvo da morte, segundo acreditava o rei.
Enquanto isso o gato foi até o rei e disse que, enquanto o seu amo tomava banho, ladrões haviam aparecido e roubado todo o dinheiro e todas as roupas, e o gato ainda disse que por mais que gritasse com todas as suas forças: “Ladrões! Alguém ajude!”, ninguém apareceu para ajudar, até que por sorte o rei passasse por ali para salvar seu amo.
Na verdade, o gato havia escondido as roupas debaixo de uma pedra, e dinheiro não havia nenhum.
Assim que o Marquês de Carabá estava salvo, o rei ordenou a seus serviçais que fossem buscar o mais belo traje que fosse encontrado em seu guarda-roupa para cobrir a nudez do Marquês. O rei o cumprimentou, e as belas roupas que o Marquês estava vestindo realçavam sua beleza natural e faziam com que ninguém fosse capaz de imaginar que não fosse nobre. A filha do rei o achou muito atraente, e mal o rapaz lhe dirigiu um olhar mais intenso e ela já ficou loucamente apaixonada.
O rei quis que o Marquês fosse passear com ele e com sua filha. O gato ficou encantado ao ver que tudo acontecia conforme o seu plano, e conforme já havia planejado, seguiu na frente, e encontrando alguns camponeses ceifando em um prado, disse a eles “Minha boa gente que está aqui ceifando este campo, se quiserem continuar vivos digam ao rei quando passar por aqui que o prado que estão ceifando pertence ao senhor Marquês de Carabá. Se não disserem isso, serão picados em pedacinhos como recheio de lingüiça”.
Logo chegou o rei e de fato teve curiosidade de perguntar aos camponeses de quem era aquele campo que ceifavam. “Pertence ao senhor Marquês de Carabá” responderam todos, porque ficaram com muito medo das ameaças do gato e não tinham o menor desejo de morrer.
“É um belo patrimônio, esse que o senhor tem”, disse o rei ao Marquês de Carabá.
“Saiba Vossa Majestade” respondeu o Marquês, “que esse prado produz uma grande colheita todos os anos”.
O gato continuou indo à frente, e logo encontrou alguns camponeses colhendo, e disse a eles “Minha boa gente que está aqui colhendo, se quiserem continuar vivos digam ao rei quando passar por aqui que todo este trigo que estão pertence ao senhor Marquês de Carabá. Se não disserem isso, serão picados em pedacinhos como recheio de linguiça”.


Logo chegou o rei e de fato teve curiosidade de perguntar aos camponeses de quem era aquele campo que ceifavam. “Pertence ao senhor Marquês de Carabá” responderam todos, já que estavam apavorados com as ameaças do gato. Novamente, o rei felicitou o Marquês pela sua imensa riqueza.
O gato, que ia sempre adiante da carruagem, dizia sempre as mesmas coisas, ameaçando de morte todos os camponeses que não dissessem que as terras em que estavam trabalhando pertenciam ao Marquês de Carabá. E o rei foi se tornando cada vez mais espantado com as riquezas gigantescas do Marquês, que a essa altura do passeio ele já calculava ser muito maior do que a sua.


O gato então chegou a um belo castelo que pertencia a um ogro. O ogro era riquíssimo, pois todas aquelas propriedades pelas quais o rei havia passado e que acreditava serem propriedades do Marquês na verdade pertenciam ao ogro. O gato pediu uma audiência alegando que desejava conhecer um senhor tão rico e poderoso. Na verdade o gato já havia se informado sobre o ogro e tinha um plano em mente.
O ogro o recebeu com toda a cortesia e o convidou a sentar.
“Ouvi dizer”, disse o gato, “que o senhor tem o poder de se transformar em qualquer tipo de animal, que poderia se quisesse, por exemplo, se transformar em um leão ou em um elefante”.

 


“É a mais pura verdade”, respondeu bruscamente o ogro, “e para provar isso agora mesmo, vou me transformar em leão, como você sugeriu”.
No instante em que terminou de falar, o ogro se transformou em um leão. O gato ficou apavorado e foi se esconder no telhado, no qual subiu com grande dificuldade por causa das botas.
Pouco tempo depois, o ogro voltou à sua forma original, e o gato desceu e confessou estar muito impressionado com o poder do ogro.

 

 

“Ouvi também dizerem”, disse o gato, “Que o senhor é capaz de se transformar em animais muito pequenos, com um corpo muito menor que o seu original, com um camundongo, por exemplo. Confesso que nisso não acredito, já que deve ser impossível que o seu poder seja tanto que seja capaz de modificar seu corpo dessa maneira”.


 

“Isso não é nada impossível para mim”, disse o ogro, “veja”, e se transformou em um pequeno camundongo em um instante. O gato aproveitou esse momento para pular sobre ele e mata-lo instantaneamente.

 


 

Enquanto isso o rei viu o belo castelo do ogro e decidiu conhecer o dono de tão magnífica propriedade. O gato ouviu o ruído da carruagem passando sobre a ponte levadiça e correu para frente do castelo para receber o rei. Assim que o rei chegou, o gato disse:
“Vossa Majestade é bem-vinda ao castelo do Marquês de Carabá”
“Senhor Marquês, escondeu de mim que este castelo também é seu? Creio que queria me surpreender! Pois saiba que conseguiu, jamais vi castelo com pátio tão belo nem construções tão magníficas. Gostaria de ver como ele é por dentro, se o senhor me permitir”.
O Marquês deu a mão à princesa e os dois seguiram o rei subindo a escadaria do palácio e entrando em um grande salão, onde encontraram servida uma deliciosa refeição, que o ogro havia mandado servir para um grupo de convidados que, quando souberam que o rei estava lá, não ousaram interromper nem quiseram questionar o que estava acontecendo no castelo.

 
 

 

Encantado com as riquezas do Marquês de Carabá, e vendo que sua filha estava apaixonada, o rei resolveu unir o útil ao agradável e disse “Se quiser ser meu genro, só precisa dizer sim”.
O Marquês disse “sim!” e nesse mesmo dia ocorreu o casamento.
O gato passou a ser um grande senhor e passou a só caçar ratos e camundongos por esporte.

 

 

 

publicado por lú às 10:59
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Sábado, 31 de Maio de 2008

Era uma vez...

       Uma patinha que teve quatro patinhos muito lindos, porém quando nasceu o último, a patinha exclamou espantada:
    - Meu Deus, que patinho tão feio!

        Quando a mãe pata nadava com os filhos, todos os animais da quinta olhavam para eles:
   - Que pato tão grande e tão feio!
    Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe:
  - Vai-te embora porque é por tua causa que toda a gente está a olhar para nós!

   Afastou-se tanto que deu por si na outra margem. De repente, ouviram-se uns tiros. O Patinho Feio observou como um bando de gansos se lançava em voo. O cão dos caçadores persegui-o furioso.

  Conseguiu escapar do cão mas não tinha para onde ir, não deixava de andar.      Finalmente o Inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para ele cheios de pena.
   - Onde é que irá o Patinho Feio com este frio?


   Não parava de nevar. Escondeu-se debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com um cãozinho o encontrou.
   - Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho!
   E levou-o para casa.

   Lá em casa, trataram muito bem dele. Todos, menos um gatinho cheio de ciúmes, que pensava: "Desde que este patucho está aqui, ninguém me liga".

Voltou a Primavera. A velha cansou-se dele, porque não servia para nada: não punha ovos e além disso comia muito, porque estava a ficar muito grande.
    O gato então aproveitou a ocasião.
    - Vai-te embora! Não serves para nada!

    A nadar chegou a um lago em que passeavam dois belos cisnes que olhavam para ele. O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia esconder a cabeça entre as asas quando, ao ver-se reflectido na água, viu, nada mais nada menos, do que um belo cisne que não era outro senão ele próprio.

    Os cisnes desataram a voar e o Patinho Feio fugiu atrás deles.
     Quando passou por cima da sua antiga quinta, os patinhos, seus irmãos, olharam para eles e exclamaram:
    - Que cisnes tão lindo!

 

 

 

 

publicado por lú às 13:44
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Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

"O Coelhinho Branquinho e a Formiga Rabiga"

Era uma vez

Um coelhinho

Que foi à sua horta buscar couves

Para fazer um caldinho.


Quando o coelhinho branco voltou para casa, depois de vir da horta, chegou à porta e achou-a fechada; bateu e perguntaram-lhe de dentro:
- "Quem é?"
O coelhinho respondeu:
"Sou eu o coelhinho
Que venho da horta
e vou fazer um caldinho"

Responderam-lhe de dentro

" E eu sou a cabra cabrês
Que te salto em cima
E te faço em três"

Foi-se o coelhinho , por ali muito triste, encontrou um boi e disse-lhe:
"Eu sou o coelhinho
Que tinha ido à horta
E ia para casa
Fazer um caldinho;
Mas, quando lá cheguei,
Encontrei a cabra cabrês,
Que me salta em cima
e me faz em três"

Responde o boi:
" Eu não vou lá, que tenho medo".


Foi o coelhinho andando e encontrou um cãe e disse-lhe:
"Eu sou o coelhinho
Que tinha ido à horta
E ia para casa
Fazer um caldinho;
Mas, quando lá cheguei,
Encontrei a cabra cabrês,
Que me salta em cima
e me faz em três"


Responde o cão:
" Eu não vou lá, que tenho medo".


Foi mais adiante o coelhinho e encontrou um galo, a quem disse também:
"Eu sou o coelhinho
Que tinha ido à horta
E ia para casa
Fazer um caldinho;
Mas, quando lá cheguei,
Encontrei a cabra cabrês,
Que me salta em cima
e me faz em três"


Responde o galo: " Eu não vou lá, que tenho medo".


Foi-se o coelhinho, muito mais que triste, já sem esperanças

de poder voltar para casa, quando encontrou uma formiga que lhe perguntou:


"Que tens tu coelhinho?"


"Eu vinha da horta
E ia para casa
Fazer um caldinho;
Mas, quando lá cheguei,
Encontrei a cabra cabrês,
Que me salta em cima
e me faz em três"


Responde a formiga
" Eu vou lá e veremos como isso há-de ser"


Foram ambos e bateram à porta.

A cabra cabrês diz-lhes, lá de dentro:
"Aqui ninguém entra;
Está cá a cabra cabrês
Que lhes salta em cima
E os faz em três"


Responde a formiga:
" E eu sou a formiga Rabiga

que te salto para cima e furo a barriga"


Palavras não eram ditas, a formiga entra pelo buraco da fechadura,

mata a cabra cabrês e abre a porta ao coelhinho.

Depois foram fazer o caldinho.

 

 

 

publicado por lú às 14:15
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